segunda-feira, fevereiro 27, 2006
Conversas em família (I)
- A minha irmã tem uma memória igual à tromba dela: Memória de Elefante!!! :o/
domingo, fevereiro 26, 2006
Este poema fez-me lembrar o conselho de um senhor de 82 anos... "Embriaga-te de poesia, de vida, seja o que for..."
Tudo se resume nisto: é a única solução.
Para não sentires o tremendo fardo do Tempo que te despedaça os ombros e te verga para a terra, deves embriagar-te sem cessar.
Mas com quê?
Com vinho, com poesia ou com a virtude, a teu gosto.
Mas embriaga-te.(...)»
(Charles Baudelaire)
Insónia...
"Das Mulheres e do Mundo"
sábado, fevereiro 25, 2006
Conversas entre bloggers
- Há dias assim e há dias assado...
- E há dias em q nem deviamos estar vivos...
- Há dias em que nao estamos.»
Pedro Barroso
«Falei-te
sem querer de coisas belas
Como quem abre janelas
para lá do horizonte...
havia em teu olhar firmamento
para cem vidas por momento
ao sabor de um mar de inverno!...
E tu
sem saber lá tricotavas
Um romance de palavras
sem certezas nem futuro
E tu
sonhavas no areal
com um jardim de poetas
superiores e verticais
que, em rigor, nunca existiu
E tu
como se fosse há vinte anos
Subiste ao alto das rochas
lá, onde pousam as gaivotas
subiste ao alto das dunas
onde o vento te possuiu
Cresceu-te no peito um mar de prata
Como se eu fosse alguma vez exemplo
Como se eu fosse
acaso
alguma vez na vida
a perfeição
Mas quando te contei coisas de mim
Daquelas coisas grandes
cá de dentro
Caiste então do sonho e do jardim
e fiz-te, então
amiga esta canção
e tu
ainda sonhas no areal
com um jardim de poetas
superiores e verticais
que, em rigor, nunca existiu
e tu
como se fosse há vinte anos
sobes ao alto das rochas
lá, onde pousam as gaivotas
sobes ao alto das dunas
onde o vento te possuiu!...»
(Nazaré, 2000, in CD "Crónicas da Violentíssima Ternura", 2001)
Homenagem a Zeca Afonso (1929-1987)
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
Je t’aime
A rever Paul Éluard...
e não me deixa dormir.
Os sonhos dela à luz do dia
fazem sóis evaporar-se
fazem-me rir,
fazem falar sem ter nada a dizer.»
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Pedro Barroso (Excesso)
Recordo Excesso que nunca, nunca, nunca me hei-de cansar de ouvir:
«Há amores estranhos fundos sem razão
- são secretos vivem na cumplicidade
indizíveis nas palavras que aqui vão
são impróprios de viver em liberdade
levaram a ternura ao exagero
e a um excesso saboroso a nossa pele
só compreende quem sente o latejar
bem mais dentro que os olhos do olhar,
há amores que não posso aqui explicar
pois quer queiram quer não inda vivemos
na pré-História de um Futuro de cem mil anos
nas grutas de um sentir que não sabemos
há uma palavra escandalosa e proibida
quando se fecha a porta e começa a fantasia
e me sento no sofá e desligo-me da vida
e fico Senhor completo do teu corpo
e o código começou e tu me ofereces
o máximo que alguém nos pode dar
e a guerra não tem hoje nem tabus
são duas vontades grandes que ali estão
e mais que as mãos e a boca e o Futuro
e o vício de dois corpos seminus
amarro em ti a vida que me escapa
e acordas-me explicando o mundo todo
e cedo a esta raiva que me mata
e sinto em ti Mulher, Mulher de mais
e houvesse aqui, agora, já, um altar
e eu casava-me contigo poro a poro,
casava-me contigo em todos os rituais
se é que não estou exactamente assim casando
o ontem com o presente e o infinito
e a cada jogo beijo salto ou grito
pressinto o chão fugir e o mundo longe
e há um abuso consentido que não peço
e tu olhas-me plácida e tremente raiva e calma
e a tormenta desabrocha e sai de nós
pela porta escancarada do excesso»
(letra e música de Pedro Barroso, 1990)
Depois de me acompanhar no carro quase todos os dias, é inevitável a pergunta:
Nua
E nada me interessa
Eu finjo ter calma
A solidão me apressa
Tantos caminhos sem fim
De onde você não vem
Meu coração na curva
Batendo a mais de cem
Eu vou sair nessas horas de confusão
Gritando seu nome entre os carros que vêm e vão
Quem sabe então assim
Você repara em mim
Corro de te esperar
De nunca te esquecer
As estrelas me encontram
Antes de anoitecer
Olho a cidade ao redor
Eu nunca volto atrás
Já não escondo a pressa
Já me escondi demais
Eu vou contar pra todo mundo
Eu vou pichar sua rua
Vou bater na sua porta de noite
Completamente nua
Quem sabe então assim
Você repara em mim»
(Ana Carolina / Vitor Ramil)
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Frida Kahlo (1907-1954)
Exposição no CCB (17 de Fevereiro a 14 de Maio)
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Há títulos que me dão vontade de rir sempre que os leio, este é um deles... Do génio provocatório de Boris Vian
(Irei cuspir-vos nos túmulos)
A música que passa na minha cabeça hoje...
Como a qualquer hora
Assim mesmo eu sou
Sou de qualquer jeito nem tudo eu respeito
Pra onde for o vento eu vou
Pano de mesa
Pano de chão
Numa metrópole rasgada
Sou filho do nada costurada em meio-fio
Desfilando pela calçada
Todos num vão
Cheios de vazio
Divagando na estação
Mas nem tão devagar
Saí com tanta pressa
Que larguei meu anjo da guarda por lá
Acabou a pilha da rádio FM de tanto meu ouvido tocar
Perambulando na surdina eu queria te encontrar
Tô cercada de vizinhos e cada um sabe um lado meu
Todos tantos um só nenhum
Foi me compondo todos eu
Se você ainda quiser saber como eu sou
Me encontrar pode me procurar»
(Ana Carolina, Me sento na rua)
Conselho a um blogger
«Como é difícil não sermos injustos para com nós próprios!»
(Marguerite Yourcenar, Alexis)
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Ernesto de Melo e Castro- O Caminho do Leve (Museu de Arte Contemporânea de Serralves)
Noite de Poesia no Serão da Quinta de Bonjóia
Se a minha aula de sexta-feira estiver preparada, devo lá dar um saltinho...
Dia dos Namorados (III)
Sempre tive quem me oferecesse flores! Um dos "meus" pequeninos de 4 anos, não se esqueceu da sua Terapeuta!!! :o)
Dia dos Namorados (II)
Dia dos Namorados (I)
Não faria sentido silenciá-lo quando o mundo todo à nossa volta nos faz lembrar a cada instante que ele existe.
E há dias mesquinhos e ridículos por natureza.
Este é um deles.
domingo, fevereiro 12, 2006
Lisboa (IV)
Lisboa (III)
Mas para a semana... qui ça... Até vá lá dar um passinho de dança!!! ;o)
Lisboa (II)
Lisboa (I)
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Arthur Rimbaud... (estou em fase de estudo biográfico...)
(Arthur Rimbaud, Sensation , 1870)
Encontro Blogótico de três pseudo-poetas deprimidos
domingo, fevereiro 05, 2006
(Gustave Flaubert- Madame Bovary)
sábado, fevereiro 04, 2006
Por vezes ainda me esqueço
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
A inveja é um sentimento feio mas legítimo quando
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
Acho que vou começar a dar-lhes as boas-vindas!!!
Ao ler isto apercebo-me do que estou a perder por ainda não ter lido A Montanha Mágica...
Então deve ser por isso que a minha vida dava um filme...
(Honoré de Balzac, A Comédia Humana)
Miss Saigon- Coliseu dos Recreios (17 Janeiro a 26 de Fevereiro)
Em Miss Saigon, espero que me porte melhor, até porque em Lisboa tento sempre portar-me mais razoavelmente, vá-se lá saber porquê!!!...
:o/
E sim, adoro musicais, até podem ser lamechas, como me podem dizer, sem complacência, certos "amigos blogóticos" que considero artistas, mas... Eis a Nastenka dura e crua, lamecha e amante incondicional de musicais, óperas e afins!!!