sábado, novembro 26, 2005
O Canto Nono é composto por 8 vozes divididas em quatro registos: sopranos (Catarina Santos, Luísa Rodrigues), contraltos (Amélia Lopes, Manuela Brito), tenores (Rui Barros Silva, Sérgio Ferraz) e baixos (Paulo Santos Silva e Fernando Pinheiro).
Zeca Medeiros
18 Novembro: Teatro Municipal da Guarda
22 Novembro: "Onda Jazz" (Lisboa)
E no Porto???... Ainda fiquei à espera... mas nada...
:o(
22 Novembro: "Onda Jazz" (Lisboa)
E no Porto???... Ainda fiquei à espera... mas nada...
:o(
Fátima Miranda
Quem me dera ter estado ontem no Grande Auditório do TMG...
Obrigatório:
www.fatima-miranda.com
Obrigatório:
www.fatima-miranda.com
Time out, please!!!
Era o que eu precisava agora... "Time out"
É difícil quando vivemos permanentemente em conflito...
É difícil quando vivemos permanentemente em conflito...
sexta-feira, novembro 25, 2005
Reflexo
«Olho-te pelo reflexo
Do vidro
E o coração da noite
E o meu desejo de ti
São lágrimas por dentro,
Tão doídas e fundas
Que se não fosse:
o tempo de viver;
e a gente em social desencontrado;
e se tivesse a força;
e a janela ao meu lado
fosse alta e oportuna,
invadia de amor o teu reflexo
e em estilhaços de vidro
mergulhava em ti.»
Ana Luísa Amaral
In Anos 90 e Agora
Do vidro
E o coração da noite
E o meu desejo de ti
São lágrimas por dentro,
Tão doídas e fundas
Que se não fosse:
o tempo de viver;
e a gente em social desencontrado;
e se tivesse a força;
e a janela ao meu lado
fosse alta e oportuna,
invadia de amor o teu reflexo
e em estilhaços de vidro
mergulhava em ti.»
Ana Luísa Amaral
In Anos 90 e Agora
Era assim:
«era assim:
queres?
queres algo?
queres desejar?
desejas querer?
desejas-me?
desejas querer-me?
queres desejar-me?
queres querer-me?
queres que te deseje?
desejas que te queira?
queres que te queira?
quanto me
queres?
quanto me
desejas?
ah quanto te quero
quando te quero
quando me queres...»
Ana Hatherly
um calculador de improbabilidades
2001
queres?
queres algo?
queres desejar?
desejas querer?
desejas-me?
desejas querer-me?
queres desejar-me?
queres querer-me?
queres que te deseje?
desejas que te queira?
queres que te queira?
quanto me
queres?
quanto me
desejas?
ah quanto te quero
quando te quero
quando me queres...»
Ana Hatherly
um calculador de improbabilidades
2001
sábado, novembro 19, 2005
Letargia
De tanto me cercar, a tristeza transformou-se em apatia, como se eu tivesse mergulhado num sono profundo...
sábado, novembro 12, 2005
Beijo
«Não posso deixar que te leve
O castigo da ausência,
Vou ficar a esperar
E vais ver-me lutar
Para que esse mar não nos vença.
Não posso pensar que esta noite
Adormeço sozinho,
Vou ficar a escrever,
E talvez vá vencer
O teu longo caminho.
Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.
Leva os meus braços,
Esconde-te em mim,
Que a dor do silêncio
Contigo eu venço
Num beijo assim.
Não posso deixar de sentir-te
Na memória das mãos,
Vou ficar a despir-te,
E talvez ouça rir-te
Nas paredes, no chão.
Não posso mentir que as lágrimas
São saudades do beijo,
Vou ficar mais despido
Que um corpo vencido,
Perdido em desejo.
Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua»
(Pedro Abrunhosa, in Silêncio)
O castigo da ausência,
Vou ficar a esperar
E vais ver-me lutar
Para que esse mar não nos vença.
Não posso pensar que esta noite
Adormeço sozinho,
Vou ficar a escrever,
E talvez vá vencer
O teu longo caminho.
Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.
Leva os meus braços,
Esconde-te em mim,
Que a dor do silêncio
Contigo eu venço
Num beijo assim.
Não posso deixar de sentir-te
Na memória das mãos,
Vou ficar a despir-te,
E talvez ouça rir-te
Nas paredes, no chão.
Não posso mentir que as lágrimas
São saudades do beijo,
Vou ficar mais despido
Que um corpo vencido,
Perdido em desejo.
Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua»
(Pedro Abrunhosa, in Silêncio)
O Silêncio...
«O vocabulário do amor é restrito e repetitivo, porque a sua melhor expressão é o silêncio. Mas é deste silêncio que nasce todo o vocabulário do mundo.»
(Vergílio Ferreira- Pensar)
(Vergílio Ferreira- Pensar)
quarta-feira, novembro 09, 2005
Uma poetisa vanguardista dos anos 20
Dizem que eu tenho amores contigo!
Deixa-os dizer!…
Eles sabem lá o que há de sublime
Nos meus sonhos de prazer…
De madrugada, logo ao despertar,
Há quem me tenha ouvido gritar
Pelo teu nome…
Dizem —e eu não protesto—
Que seja qual for
o meu aspecto
tu estás
na minha fisionomia
e no meu gesto!
Dizem que eu me embriago toda em cores
Para te esquecer…
E que de noite pelos corredores
Quando vou passando para te ir buscar,
Levo risos de louca, no olhar!
Não entendem dos meus amores contigo—
Não entendem deste luar de beijos…
—Há quem lhe chame a tara perversa,
Dum ser destrambelhado e sensual!
Chamam-te o génio do mal
—O meu castigo…
E eu em sombras alheio-me dispersa…
E ninguém sabe que é de ti que eu vivo…
Que és tu que doiras ainda,
O meu castelo em ruína…
Que fazes da hora má, a hora linda
Dos meus sonhos voluptuosos
—Não faltes aos meus apelos dolorosos
—Adormenta esta dor que me domina!
(Judith Teixeira. Poemas. Lisboa. Edicições Culturais do Subterráneo. 1996.)
Deixa-os dizer!…
Eles sabem lá o que há de sublime
Nos meus sonhos de prazer…
De madrugada, logo ao despertar,
Há quem me tenha ouvido gritar
Pelo teu nome…
Dizem —e eu não protesto—
Que seja qual for
o meu aspecto
tu estás
na minha fisionomia
e no meu gesto!
Dizem que eu me embriago toda em cores
Para te esquecer…
E que de noite pelos corredores
Quando vou passando para te ir buscar,
Levo risos de louca, no olhar!
Não entendem dos meus amores contigo—
Não entendem deste luar de beijos…
—Há quem lhe chame a tara perversa,
Dum ser destrambelhado e sensual!
Chamam-te o génio do mal
—O meu castigo…
E eu em sombras alheio-me dispersa…
E ninguém sabe que é de ti que eu vivo…
Que és tu que doiras ainda,
O meu castelo em ruína…
Que fazes da hora má, a hora linda
Dos meus sonhos voluptuosos
—Não faltes aos meus apelos dolorosos
—Adormenta esta dor que me domina!
(Judith Teixeira. Poemas. Lisboa. Edicições Culturais do Subterráneo. 1996.)
terça-feira, novembro 08, 2005
Esta canção anda há vários dias comigo...
Point of No Return
«PHANTOM
You have come here
in pursuit of
your deepest urge,
in pursuit of
that wish,
which till now
has been silent,
silent . . .
I have brought you,
that our passions
may fuse and merge
-in your mind
you've already
succumbed to me
dropped all defences
completely succumbed to me
-now you are here with me:
no second thoughts,you've decided,
decided . . .
Past the point
of no return -
no backward glances:
the games we've played
till now are at
an end . . .
Past all thought
of "if" or "when" -
no use resisting:
abandon thought,
and let the dream
descend . . .
What raging fireshall flood the soul?
What rich desire
unlocks its door?
What sweet seduction
lies before
us . . .?
Past the point
of no return,
the final threshold -
what warm,
unspoken secrets
will we learn?
Beyond the point
of no return . . .
CHRISTINE
You have brought me
to that moment
where words run dry,
to that moment
where speech
disappears
into silence,
silence . . .
I have come here,
hardly knowing
the reason why . . .
In my mind,
I've already
imagined our
bodies entwining
defenceless and silent -
and now I am
here with you:
no second thoughts,
I've decided,
decided . . .
Past the point
of no return -
no going back now:
our passion-play
has now, at last,
begun . . .
Past all thought
of right or wrong -
one final question:
how long should we
two wait, before
we're one . . .?
When will the blood
begin to race
the sleeping bud
burst into bloom?
When will the flames,
at last, consume
us . . .?
BOTH
Past the point
of no return
the final threshold -
the bridge
is crossed, so stand
and watch it burn . . .
We've passed the point
of no return.»
(Andrew Lloyd Webber, O Fantasma da Ópera)
«PHANTOM
You have come here
in pursuit of
your deepest urge,
in pursuit of
that wish,
which till now
has been silent,
silent . . .
I have brought you,
that our passions
may fuse and merge
-in your mind
you've already
succumbed to me
dropped all defences
completely succumbed to me
-now you are here with me:
no second thoughts,you've decided,
decided . . .
Past the point
of no return -
no backward glances:
the games we've played
till now are at
an end . . .
Past all thought
of "if" or "when" -
no use resisting:
abandon thought,
and let the dream
descend . . .
What raging fireshall flood the soul?
What rich desire
unlocks its door?
What sweet seduction
lies before
us . . .?
Past the point
of no return,
the final threshold -
what warm,
unspoken secrets
will we learn?
Beyond the point
of no return . . .
CHRISTINE
You have brought me
to that moment
where words run dry,
to that moment
where speech
disappears
into silence,
silence . . .
I have come here,
hardly knowing
the reason why . . .
In my mind,
I've already
imagined our
bodies entwining
defenceless and silent -
and now I am
here with you:
no second thoughts,
I've decided,
decided . . .
Past the point
of no return -
no going back now:
our passion-play
has now, at last,
begun . . .
Past all thought
of right or wrong -
one final question:
how long should we
two wait, before
we're one . . .?
When will the blood
begin to race
the sleeping bud
burst into bloom?
When will the flames,
at last, consume
us . . .?
BOTH
Past the point
of no return
the final threshold -
the bridge
is crossed, so stand
and watch it burn . . .
We've passed the point
of no return.»
(Andrew Lloyd Webber, O Fantasma da Ópera)
quarta-feira, novembro 02, 2005
terça-feira, novembro 01, 2005
Ceder ou não aos meus desejos...
A vida, por vezes, é uma encruzilhada em que seja qual for a acção que tenhamos, tudo nos sabe à mesma dor que nos mata...