sábado, abril 29, 2006

Ao ler-te na sala vazia...

Fizemos mal um ao outro, sim. Perdoa-me. Não o previra. Também eu recordo, também não esqueço, tu o sabes, quando se sabe ler para além da distância, da ausência e do silêncio...
Estranho... Também eu passo neste momento a pior fase da minha vida, desde a minha pacata existência. Pacata, de facto, agora não... Num instante tudo evoluiu até ao caos. Penso agora que deviam existir monstros à espreita do momento de insurgirem contra a imaculabilidade dos dias, dos meus dias.
O negro galopou pelos meus vestidos alvos e feriu-me as mãos.
Sinto-me triste. Triste todos os dias. Sinto-me errada. Errada todos os dias. Sinto medo. Medo todos os dias.
E este cansaço que me veste a alma conduz-me à solidão, o único casulo em que não grito...

Noites Brancas

«Amanhã o dia vai estar mau, disse-lhe eu; ela não respondeu, não queria fingir, é que, para ela, o dia seria claro e luminoso, nenhuma nuvem seria capaz de obscurecer a sua felicidade. (...) Como a alegria e a felicidade fazem bela uma pessoa! Como ferve de amor o coração! Parece que nos domina a vontade de verter todo o nosso coração no coração do outro, que queremos que tudo seja alegria, riso.»
(F. Dostoiévski)

Américo Rodrigues

Aqui e Aqui...

Domador de Sonhos

Mais poesia experimental (poesia visual)

Arquivo de Poesia Experimental

E. M. Melo e Castro

Fernando Aguiar

PONTO. PRONTO

PONTO. PRONTO
PONTO PRONTO PRONTO PONTO
PRONTO PONTO PONTO PRONTO
PRONTO PRONTO PONTO PONTO
PONTO PONTO PRONTO PRONTO PONTO
PONHO O PRONTO NO PONTO PONHO O PONTO NO PRONTO PONTO
PEÇO UMA PENA DA PATA PÁRO O POTRO NO PRADO PISO O PRISMA NA PROA PASSO A PRECE NO PRANTO PRONTO
PREGO UMA PREGA NA PEDRA PARTO NO PRAZO DA PRAXE PENSO NA PRESSA DA POSSE PESO O PUDOR DO PODER PONTO
PUXO O PREÇO DA PRATA PRENDO A PULGA NO PRATO PRIMO O PUNHO NA PRENSA PINTO UMA PINTA NA PONTA PINTO MINTO PONTO
PERCO O PAVOR AO PAVIO PAIRO NO PEITO DA PRESA POISO NA PÚBIS DA PROSA PEGO NO PÉNIS E PRONTO PONTO
E PONHO UM PONTO NO PRONTO E PONHO UM PRONTO NO PONTO NO PONTO O . .
Fernando Aguiar

Cansei-me de tanto cor-de-rosa

e por isso toca a mudar de visual ao blog enquanto o sono não chega...

da insónia repetida

a noite, por vezes chega até nós para nos amordaçar o sono.
começa a ser evidente demais este cansaço.

sexta-feira, abril 21, 2006

Papoilas...

Ontem (III)

Foi um dia estranho... Passei por uma algazarra de sentimentos, desde a raiva, à tristeza, do desespero ao alívio, da agonia ao júbilo, da sensatez à revolta, da agressividade à bondade e tudo isto num dia... Ufa!... E à conta disso, fecho para obras nos próximos dias...

Ontem (II)

Dei mais provas da minha doença do sono para riso geral... E tenho que reconhecer, fui picada, não por uma, mas por uma enchente de mosquinhas tse-tse.

Ontem (I)

Ontem também me apercebi que por mais singulares que nos achemos, estamos apenas a um passo de encontrar em algum lado uma natureza semelhante à nossa... E é curioso vermos a nossa própria imagem (atitudes, pensamentos, palavras, sentimentos) espelhada em alguém...
A piscar o olho a um amigo...

É de ir às lágrimas...

Ontem, em conversa, apercebi-me que a estupidez das pessoas me comove. Sou capaz de me sentir enternecida quando uma bocarra soberbamente estúpida se abre para revelar o seu elevado grau de imbecilidade.

At Last... :o)

Ana Carolina vai estar em Lisboa, Casino Lisboa - Alameda dos Oceanos Lote 1.03.01 - Parque das Nações no dia 29-04-2006 (Sábado) às 22h00.

domingo, abril 16, 2006

CARTA DE AMOR

«Para te dizer tão-só que te queria
Como se o tempo fosse um sentimento
bastava o teu sorriso de um outro dia
nesse instante em que fomos um momento.
Dizer amor como se fosse proibido
entre os meus braços enlaçar-te mais
como um livro devorado e nunca lido.
Será pecado, amor, amar-te demais?
Esperar como se fosse (des) esperar-te,
essa certeza de te ter antes de ter.
Ensaiar sozinho a nossa arte
de fazer amor antes de ser.
Adivinhar nos olhos que não vejo
a sede dessa boca que não canta
e deitar-me ao teu lado como o Tejo
aos pés dessa Lisboa que ele encanta.
Sentir falta de ti por tu não estares
talvez por não saber se tu existes
(percorrendo em silêncio esses altares
em sacrifícios pagãos de olhos tristes).
Ausência, sim. Amor visto por dentro,
certezas ao contrário, por estar só.
Pesadelo no meu sonho noite adentro
quando, ao meu lado, dorme o que não sou.
E, afinal, depois o que ficou
das noites perdidas à procura
de um resto de virtude que passou
por nós em co(r)pos de loucura?
Apenas mais um corpo que marcou
a esperança disfarçada de aventura...
(Da estupidez dos dias já estou farto,
das noites repetidas já cansado.
Mas, afinal, meu Deus, quando é que parto
para começar, enfim, este meu fado?)
No fim deste caminho de pecados
feito de desencontros e de encantos,
de palavras e de corpos já usados
onde ficamos sós, sempre, entre tantos...
Que fique como um dedo a nossa marca
e do que foi um beijo o nosso cheiro
Tesouro que não somos. Fique a arca
que guarde o que vivemos por inteiro.»

(Fernando Tavares Rodrigues)

É ridículo

Descobrir que a ex-namorada do nosso ex-namorado aparece nos Morangos com Açúcar...

Há coisas na religião que não lembram a ninguém...

Uma colega escandaliza-se por eu comer carne nestes dias.
E eu fico a olhar para o peixe dela e a lembrar-me como é possível ela escandalizar-se comigo quando é ela que mantem uma relação com um homem casado.
Mas, como dizia Jesus, quem não tiver pecados que atire a primeira pedra, então como eu tenho muitos, nunca abro a boca para condenar ninguém.

quinta-feira, abril 13, 2006

Finalmente...

Amanhã descanso, coisa rara...

Eis quando o blog me incorpora...

Nunca pensei que a designação deste blog viesse a aplicar-se 100% à minha vida...
HEEEEEEEEELP!!!!

quarta-feira, abril 12, 2006

Se eu pensasse assim já me tinha despedido... Ganda Horácio, se trabalhasse comigo, ía arrepiar-se todos os dias!!!

«Pensa que cada dia pode ser o último.»
(Horácio)

Tornei-me adulta, está visto...

«Os velhos acreditam em tudo; os adultos suspeitam de tudo; os jovens sabem tudo.»
(Oscar Wilde)

Estou a começar a irritar-me com determinadas citações...

«Quando não somos inteligíveis é porque não somos inteligentes.»
(Victor Hugo)

Eu não devo ir longe, realmente...

«Quando não se sabe para onde se vai, nunca se vai muito longe.»
(Goethe)

Atenção partilhada sinónimo de Amor???

«Amor não é olharem um para o outro, mas sim olharem ambos numa mesma direcção.»
(Antoine de Saint-Exupéry)

Isto é, então a comunicação pré-linguística prepara-nos também para o Amor?... Eu acho isto lindo!!! Devia mudar o meu tema de tese... ;o)

terça-feira, abril 11, 2006

Leitura do momento...

Wilt de Tom Sharpe

segunda-feira, abril 10, 2006

Domingos Monteiro (1903-1980)

«Pousa a tua cabeça no meu peito
Nas minhas mãos as tuas mãos inquietas
Vamos os dois caçar as borboletas
As quimeras dum sonho insatisfeito.

Será de lírios castos nosso leito

Como as almas dos lívidos profetas
De todo o mundo, enfim, virão poetas
Cantar o nosso amor calmo e perfeito

Ao jeito antigo, calçarás sandálias
E eu curvar-me-ei por sobre as áleas
Para beijar a sombra de teus pés.

Todos te sonharão em teu mistério
Serás p'ra eles como um vulto aéreo
Mas só eu saberei como tu és.»
«Os sintomas do amor, em muitos indivíduos enfermos, confundem-se com os sintomas do idiotismo.»

(Camilo Castelo Branco, A queda de um Anjo)

Novas vizinhas

Hoje de manhã, quando saía de casa com a cara habitual da segunda-feira, esbocei um sorriso imenso quando reparei que duas pequenas papoilas decidiram habitar, misteriosamente, ao pé da minha casa...

Progressos

Este fim-de-semana não sei o que me deu, mas fui mesmo capaz de sair de casa e ir apanhar sol para uma esplanada...

segunda-feira, abril 03, 2006

Leituras...

Não de hoje, já li há bastante tempo atrás, mas não sei porquê hoje recordei-me de "Por Amor da India" de Catherine Clément e das personagens de Edwina Mountbatten e Nehru, cujo amor vivido à distância numa época díficil na história da India me emocionou imenso.

Eu e as estórias de amor impossíveis... Deve ser doença...

Para saber mais sobre...

De facto...

"A opinião pública (...) é uma esfinge com cabeça de burro"

(Camilo Castelo Branco)

É urgente!Acho que chega de Evitar Conflitos a todo o custo!!!( até porque o custo é elevado e sou sempre eu que pago!!!)

Preciso tornar-me numa pessoa menos humilde e compassiva. Há por aí cursos práticos de agressividade+antipatia+arrogância???? (Assim do tipo, aprender "Matlab num instante"...)

Ia morrendo do coração quando

O mar de Cascais decidiu lavar-me o carro :o/

Parabéns para mim :o)

Quero dar os Parabéns a mim mesma por não ter batido com o carro nos últimos 3 dias, porque conduzir na capital com apenas 1 ano de carta e sem conhecer as ruas/estradas é tarefa difícil, ainda para mais para uma dispráxica como eu!!!