sexta-feira, junho 02, 2006

máscara do medo

agora que penso nisso tenho a certeza. sou falsa. escondo o que de mais negro me reveste com um sorriso pérfido e pateticamente resistente. sou pateticamente imbecil. pateticamente gentil. patética em todos os gestos. talvez não vejam que guardo uma dor. talvez não reparem que sou triste. talvez reparem apenas na presença patética e aliciantemente cómica. reparam certamente na desarmonia comunicacional de gestos desencontrados do corpo e rosto, de expressões e da voz puritana. e desgraça da mente vazia, limitada pelo cansaço e pela cegueira da mediocridade.